Após estudos dirigidos do livro da socióloga *Celeste Cordeiro “Brinquedos da Memória, um estudo sobre a infância de Fortaleza no começo do século XX”, a Companhia Argumento experimentou transformar em sala de ensaio o registro literal da autora, em linguagem cênica e artística no caso a dança, já que todos os registros falavam de uma infância cheia de brincadeiras e uma musicalidade peculiar à época, hoje em dia já um pouco mais afastadas da realidade das crianças modernas, e experimentar com o corpo, lembranças dos adultos da contemporaneidade.
Brincar de várias formas foi entender com o corpo, o que os depoimentos contidos no livro, diziam, e recordavam com tanta vivacidade, era como se nós fossemos os mesmos brincantes que narravam suas aventuras infantis.
O comportamento da época, também serviu de guia para análise e construção das situações e figurinos, onde as grandes descobertas eram as mais simples, onde um sabugo de milho podia se tornar em uma linda boneca, até então as conhecidas calungas.
Deu-se então o primeiro espetáculo de dança infanto juvenil; Brinquedos da memória, em comum acordo com autora, este nome foi dado ao espetáculo, onde quem nunca viu, aprende o quanto é bom ser criança, exigindo tão pouco do mundo material, e quem já viveu, uma boa recordação de uns tempos que nos fazem adultos melhores.
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